Não estou nesse mundo à toa. Minha presença e transitória permanência por aqui é carregada de sentidos, significados, intencionalidades, dúvidas, contradições, mística. Há em meu ser-sendo as múltiplas conexões cósmicas explicáveis e inexplicáveis, possíveis e impossíveis. O caos uivante e a beleza crepuscular estão em mim, assim como em tudo.
Quero e preciso dizer que vim para cometer a vida, realizar pequenas atuações, movimentos. Vim para participar da poesia. Se o que digo soa apenas como devaneios tolos de alguém que consegue perder tempo contemplando no fim da tarde não se sabe exatamente o que, ainda assim, sei que de algum lugar surgirá alguém que me defenderá dizendo: “É poeta!".
Inspiração, vos digo: busco nos amores que tive e nos que não pude ter; na ingenuidade e na tolice de quem tem o dom da loucura; na simplicidade e na criatividade da criança que brinca com seu amigo imaginário; nas pequenas coisas cotidianas quase imperceptíveis.

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Viver no tempo da poesia
E no ritmo da canção
Que só se ouve no silêncio da alma
...
Viver deliberadamente
E ao morrer
Deixar escrito (na areia):
Aqui jaz um vivente
Morreu de vida.


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